As Vivências no CAOD

Que impacto teve o CAOD na minha vida…

Haverá melhor maneira de avaliar e de refletir no impacto que o CAOD teve na vida de centenas de crianças e de jovens nos últimos 43 anos, do que dar-lhes a palavra? Pensamos que não, e, por isso, pedimos a alguns para nos deixarem o seu testemunho. Veja como o CAOD transformou vidas, conduziu e orientou percursos, carreiras e ministérios. A todos quantos se atreveram a testemunhar, o nosso obrigado. Que Deus os continue a conduzir e que seja também com todos os que ali foram “Ensinados do Senhor”.

Falar do CAOD é algo que faz parte de mim, faz parte das vivências da adolescência, que me marcaram para o resto da vida e que nunca poderei esquecer.
Falar do CAOD é falar de colegas, amigos, aprendizagem, momentos intensos, que me ajudaram no meu crescimento, naquilo que eu sou hoje. No CAOD, tenho recordações muito boas dos Auxiliares Educativos, dos quais me lembro ainda hoje com muito carinho, bem como dos Professores, que tiveram um papel fundamental na minha educação, sendo que ainda hoje os vejo como referências de vida.
O CAOD também contribuiu para eu reforçar o chamado que desde criança recebi da parte de Deus para o Ministério pastoral. O CAOD foi, sem dúvida, uma referência na minha vida, uma parte de mim.
Estou grato a Deus pela experiência vivida, bem como a todos os que ali se aplicaram para que eu e muitos dos que ali passaram ficassem marcados pela excelente obra da educação ali realizada.

José Lagoa, aluno do CAOD do 6º ao 11º Ano, nos anos letivos de 1982/1988, hoje Ministro de Culto da Igreja Adventista do Sétimo Dia.


"Quem não tem Bíblia?" Na primeira aula de Religião e Moral Adventista com a professora Raquel Grave, ao levantar a mão perante esta pergunta, iniciei a minha caminhada com Cristo.
Quando com 10 anos entrei para o CAOD tudo parecia um pouco diferente do que até à altura eu conhecia. Afinal Deus não era um Ser altivo, severo e castigador. Através de cânticos, relatos bíblicos e experiências, percebi que Jesus podia tornar-se o meu melhor amigo.
Em quase todas as aulas do meu 5º ano no CAOD pude perceber que realmente havia muito mais para conhecer do Jesus que eu achava que conhecia.
Todo o percurso que tive no colégio durante oito anos contribuiu para a decisão que mais tarde viria a tomar. As vivências na comunidade escolar, as experiências diferentes em relação às outras escolas ditas “normais”, o ambiente familiar, o contacto com o Clube de Desbravadores, a proximidade que existia com os professores e o apoio que sempre me deram em situações fora do âmbito da vida escolar, fizeram com que passado dezassete anos entregasse a minha vida a Jesus através do batismo.
Lembro-me em particular das histórias de vida e experiências que o pastor Júlio Carlos Santos contava sempre com entusiasmo nas suas aulas de Religião e Moral, a uma turma com 90% de alunos não adventistas. Histórias essas que me fascinavam sempre mais e faziam com que a decisão de seguir a Cristo fosse cada vez ficando mais firme. Anos mais tarde, numa vivência única e indescritível, o próprio pastor Júlio Carlos baptizava-me nas águas da praia do Cabedelo.
Hoje, alguns anos se passaram desde que saí do CAOD (muitos, para ser sincera) e para além dos amigos que felizmente ainda tenho, assim como muitos professores com quem mantenho contacto, alguns deles considerados verdadeiros amigos, o mais importante ainda mantenho: ter Cristo na minha vida!
Estudar no CAOD foi em tudo novo para mim, desde o primeiro ao último dia de aulas. Ainda hoje a Bíblia que uso é a Bíblia que a professora Raquel Grave me deu naquele primeiro dia de aulas.
Desejo que muitos alunos possam vivenciar momentos como os que eu vivi no CAOD, pois foram estas experiências que me ajudaram e continuam a ajudar a trilhar o caminho ao lado de Jesus Cristo.

Joana Maranhas, aluna do CAOD do 5º ao 12º Ano, nos anos letivos de 1992/2000, hoje nutricionista.


"Percebo e Constato"
Uma escola pode mudar o rumo de uma vida? Um professor pode redirecionar o existência de um jovem? Uma simples frase pode dar sentido a um espirito desmotivado? A resposta a todas estas perguntas é Sim, porque isto aconteceu na minha história de vida.
Hoje, enquanto adulto e educador, que observa de uma perspetiva privilegiada os dilemas do crescimento dos jovens, entendo de forma cada vez mais nítida como a filosofia educacional adventista proporciona as ferramentas adequadas à criança e ao jovem para o seu pleno desenvolvimento.
Percebo e constato como a Bíblia e somente ela, pode ser o melhor manual de formação. Percebo e constato, como o amor de Deus no coração dos que lidam com a educação, pode ser o bálsamo para as almas jovens, que tantas vezes nos chegam bloqueadas por experiências de fracasso e desamor.
Percebo e constato, que a menos que a educação adventista seja ministrada por pessoas verdadeiramente transformadas pelo Espirito Santo, ela não fará qualquer diferença!

Rui Bastos, aluno do CAOD do 8º ao 11º Ano, nos anos letivos de 1983/1987, hoje Ministro de Culto da Igreja Adventista do Sétimo Dia.


Falar da minha vida, é falar, também, do CAOD. Foi uma casa onde entrei com 10 anos, em 1992, de onde saí com 17 e à qual voltei, já formado, como professor. Para além de aí voltar aos Sábados, para ir à igreja, regresso sempre ao CAOD com um sorriso nos lábios e com a sensação de voltar a casa. Aqui conheci tanta gente que fez de mim gente, fiz tantos amigos e guardo pessoas, memórias e histórias que permanecerão sempre comigo. Por exemplo, o Bruno Moura, "o meu amigo desde 1992", como digo às pessoas, graças ao CAOD! E foi também o lugar onde conheci Deus, onde Ele me foi anunciado e de onde parti para o anunciar na minha vida diária. O lugar onde aprendi a reconhecê-Lo, a louvá-Lo, o lugar para onde Deus encaminhou a minha família, caminho e esboço de uma Terra que a todos nos está Prometida, desde bem antes de nascermos. Nos primeiros dias na Secundária, no meu 12.º ano, senti-me um estranho quando o dia começava sem a meditação. Não precisava de ter sentido isto para dar valor ao que me foi o CAOD. Mas só acentua o que esta casa foi e é para mim, uma dádiva eterna pela qual sou imensamente grato.

Francisco Ferraz, aluno do CAOD do 5º ao 11º Ano, nos anos letivos de 1992/1999, hoje professor de História e Secretário do Executivo da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro.

Testemunhos fevereiro 2017